Quarta-feira = Jazz + Casa Cruz

Detrás de uma enorme porta dourada, se encontra um dos salões mais lindos de Palermo,  o restaurante Casa Cruz, do famoso chef Germán Martitegui (também chef e proprietário do famoso Tegui).

O restaurante que possui uma enorme cava de vidro ao fundo, é um dos ícones de luxo de Palermo, além de ser o restaurante desejo da maioria dos turistas que chegam a Buenos Aires e de um seleto público frequentador local.

O Casa Cruz apresenta amanhã, às 20 horas, um happy hour com show ao vivo de Jazz. A entrada é sem custo e há 2x1 em tira-gosto e drinks.

Se a idéia é ficar para o jantar, tenham em conta que é um restaurante elegante, com uma carta de vinhos de primeira, com mais de 300 variedades e conta com menú reduzido, simples, nada muito elaborado, porém com pratos que agradam à maioria dos paladares, desde polvo assado, opções de carne e massas.

Não percam!

Endereço: Uriarte 1658, Palermo

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Degustação de vinhos Nieto Senetiner

Para os que buscam algo legal e diferente para fazer numa terça-feira recomendo uma degustação de vinhos Nieto Senetiner no Aldo’s.

A degustação começa as 18:45 e pelo valor de 150 pesos (+-30 reais) é possível participar de uma degustação dirigida pelo enólogo Santiago Mayorga e para acompanhar uma tábua de queijos e frios.

Não percam!

Endereço: Moreno 372, San Telmo

Unik, único e gourmet!

Há muito tempo quero escrever sobre o Unik e, por um motivo ou por outro, não o fiz. Só que agora, que ele está entre os melhores restaurantes da América Latina (ver lista completa), já não tenho mais desculpas.

Eu já fui varias vezes ao Unik e digamos que ele cumpre com o que promete. O que ele promete? Culinária gourmet num ambiente super cool. Pronto! É isso aí, sem mais nem menos.

Logo de entrada, o que mais chama a atenção é a sua decoração, onde predomina o estilo dos anos 60 e 70, com móveis de design que se destacam nos mais mínimos detalhes, desde cadeiras, sofás, lâmpadas e quadros e até mesmo na iluminação.

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O projeto é assinado pelo proprietário, o arquiteto argentino, radicado na França, Marcelo Joulia, que, além do restaurante, tem no andar superior o seu estúdio de arquiterura, em Buenos Aires.

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O cardápio já mudou várias vezes, em cada visita provei pratos diferentes, mas, em geral, apresenta uma opção de cada coisa, porções que variam de mínimas à razoáveis, dependendo do prato, porém, com um sabor espetacular.

Normalmente há uma opção de carne, outra de pescado, uma de massa, cordeiro, pato, carne de porco, polvo e outro vegetariano, totalizando uma média de 8 pratos para escolher.

No Unik eu recomendo fazer os 3 passos, entrada, prato principal e sobremesa. Primeiro para desgutar todas as delícias que há e segundo para não sair com fome. (Eu acho que poderia comer mais de uma entrada ou mais de uma sobremesa…rs)

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Se você é daqueles que não come de tudo, assim como eu, pode encontrar alguma resistência já que não há muitas opçòes.

Da última vez que fui eu não queria comer peixe, estava com vontade mesmo era de carne, acontece que justo a carne que apresentavam era um Ojo de bife Angus acompanhado com puré de apio e nabo e como não gosto de apio, não quis pedir. Quando pensei em mudar para a opção de pasta, os ravioles acompanhavam mollejas de cordeiro, que é como a tireóide do cordeiro, coisa que também não como e me vi “obrigada” a pedir a carne de porco, que acompanhava manga e uma redução de laranja, uma escolha simplesmente maravilhosa.

Quero deixar claro que isso não aconteceu das vezes anteriores, então depende muito do cardápio do momento. Uma entrada que todos comentam e que não provei, é um ovo cozido em baixa temperatura, com batatas crocrantes e presunto ibérico. Eu preferi os camarões com um creme de cebola, simplesmente fantástico.

Outro ponto forte é a carta de vinhos, há opções bem interessantes e quanto as sobremesas, eu gostaria de ter provado todas, simplesmente várias chamaram a minha atenção, mas optei por uma espécie de brownie de chocolate amargo com creme de amendoim e sorvete de caramelo.

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O chef do Unik é o Fernando Hara e o acompanha como segundo, o Maximilano Rossi, ambos jovens, que têm por marca registrada uma culinária vanguardista. 

Ponto positivo: decoração, pratos originais, os pães servidos no couvert e um simpático jardim ao fundo.

Ponto negativo: porções muy gourmet e o preço que pode chegar a ser salgado para Buenos Aires, porém nada assustador para um brasileiro que já está acostumado a pagar isso, uma média de 1200 pesos (+-250 reais) por casal com direito a todos os passos maridado com um bom vinho, claro!

Para resumir, o Unik é realmente único, uma proposta bem apresentada, que agrada desde o visual, passando pelo bom serviço e não decepciona nos pratos, deixando claro que é para quem gosta de sentir-se surpreendido e valoriza a culinária gourmet. Recomendo!

Endereço: Soler 5132, Palermo Soho

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Victoria Brown, uma jóia escondida em Palermo

Há algumas semanas fui ao Victoria Brown, o meu mais novo bar favorito em Buenos Aires, inaugurado há pouco tempo.

Quem me conhece sabe que o meu bar favorito é o Frank’s, mas o Victoria Brown foi amor a primera vista e a semelhança com o Frank’s é tanta que até me gera uma certa dúvida.

Com uma estética chique e ao mesmo tempo industrial, o bar que se esconde ao fundo de uma cafeteria que leva o mesmo nome é único em sua ambientação e se destaca por uma oferta de drinks excepcional.

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Desde fora, à noite, é impossível imaginar o que há atrás de uma parede quase que impenetrável, na qual se vê a rainha Vitória, do Reino Unido, sentada na sua carruagem.

Mais difícil ainda de imaginar o que essas paredes escondem é se formos durante o dia e visitar o café, um lugar que poderia passar tranquilamente como qualquer café cool de Palermo.

Uma imensa parede que simula tijolos esconde uma passagem secreta ao bar oculto que todos comentam. A luz é sóbria, predominam os móveis antigos, a cor cobre e a voz de Nina Simone de fundo que combina perfeitamente com um relógio enorme, com mecanismo visível, atrás do bar e um gerador elétrico de 1880 que dão um ar de depósito da Revolução Industrial dos anos vitorianos. 

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O cardápio de drinks armado especialmente por Ezequiel Rodríguez, o Beverage Director, é tão rico que encanta até mesmo os paladares mais exigentes.

Para facilitar, recomendo começar a ler o cardápio pela página 13, onde há uma bússola de sabores, flavour compass, que funciona como um índice de sabores que nos guia, mostrando opções mais frutais e refrescantes, suaves e aromáticos ou mesmo, fortes e sedutores.  

Entre os mais solicitados estão: “Desde Cuba con amor” (ron envelhecido, cítrico, almíbar, bitter, humo), “El cobre” (Bacardi 8, Jerez, aguardente de peras), “U got me baby” (vodka com marshmallows, suco de frutas e falernum) e “La Provence”, que entre outras coisas leva Bombay Sapphire e flores de lavanda.

Também tenho que comentar sobre as apresentações dos drinks que chamam muito a atenção. O Farms Market Mary, por exemplo, chega numa caixa de madeira campestre com o copo frio e dois frascos, um com tomate condimentado e outro com Patrón misturado com hervas, para prepará-lo do jeito que mais gostar.

Os preços vão de 85 a 100 pesos e em alguns casos é possível pedi-los em tamanho grande, para compartilhar.

O bar não oferece somente cocktails, mas também conta com um menú variado, inspirado nos cinco continentes e inclui ceviche, varias opções com mariscos, entre elas empanadas com comarão, carne, massas, quesadillas de frango e curry com guacamole, além da clássica salada César e até mesmo hamburguer.

Ponto negativo: o atendimento vem acompanhado de certa sobérbia, ou seja, é como se o bar fosse mais importante que o cliente e entrar é um favor, pelas dúvidas, sempre reservem antes de ir. Também não vi nenhuma opção de comida para os vegetarianos.

Mesmo assim, vale muito a pena conhecê-lo!

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Curiosidade: Ao longo da década de 1860, a rainha Vitória começou a depender muito de um criado escocês chamado John Brown e daí começaram a surgir rumores caluniosos de que os dois tinham uma relação e até de que tinham se casado em segredo e os jornais começaram a chamar a rainha de Mrs. Brown. A história da sua relação foi o tema principal do filme Mrs. Brown, de 1997. Existe também um quadro de Edwin Landseer que mostra a rainha e Brown e se encontra em exposição na Royal Academy e Vitória publicou um livro, "Leaves from the Journal of Our Life in the Highlands", que fala muito de Brown e no qual a rainha elogiou muito o seu criado. Daí vem o nome do bar, Victoria Brown! Interessante, não?

Victoria Brown Bar 

Costa Rica 4827, Palermo Soho

Telefone: 4831-0831

Funcionamento: Quarta a sábado, das 21 às 4.

Cirque du Soleil CORTEO

Para quem ainda não foi, esta é a última semana para ver o Cirque du Soleil CORTEO, que desde a sua estréia, em abril de 2005, em Montreal, já se apresentou em mais de 52 cidades, 12 países, sendo vista por mais de 7 milhões de espectadores.
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CORTEO, que em italiano significa cortejo, é um desfile cheio de alegria, uma procissão festiva, produto da imaginação de um palhaço que imagina seu próprio funeral e o mesmo se celebra em um ambiente carnavalesco, enquando um grupo de anjos da guarda vigia em silêncio.
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O espetáculo combina a paixão dos atores com a elegância e a força dos acrobatas que submergem aos espectadores em um mundo teatral e misterioso, misturando diversão, comédia e espontaneidade em algum lugar entre o céu e a terra.
O elenco de CORTEO está composto por 60 artistas de 19 países, um espetáculo que vale a pena con
ferir.
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Há entradas desde 600 pesos argentinos, até 1700 pesos na melhor localização. As de 450 pesos já não se encontram disponíveis e podem ser adquiridas através do Ticketek. 
Corram que a última apresentação é no dia 03 de agosto, as 19 horas.
O evento acontece na rua Francisco Narciso de Laprida 300, em Vicente López, Buenos Aires e apesar de ser fora da cidade, o acesso é bem fácil. Não percam!

Vai nevar em Buenos Aires?

Era inverno, ano 2007 e Buenos Aires teve uma surpresa, nevou e nevou muito. Eu tive a alegria de ver esse momento tão especial que não acontecia há 89 anos. 

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O olhar de surpresa e a alegria dos argentinos que nunca haviam vivido essa experiência em Buenos Aires era uma coisa linda, todo mundo na rua, como se fosse carnaval.

Pois bem, segundo a previsão do tempo, este final de semana, semelhante acontecimento pode se repetir.

Para que isso aconteça, não necessitamos somente do frio, porque óbvio que já estamos acostumados ao inverno portenho, apesar de que este ano não está sendo rigoroso, senão que é necessário uma série de fatores metereológicos e se os planetas estiverem alinhados, vai nevar em Buenos Aires!

Amanhã as temperaturas já começam a baixar e, segundo a previsão, será de mais ou menos 5 graus e no sábado, baixam ainda mais, alcaçando os 3 graus de mínima e no domingo continuarão descendo.

Em geral, durante todo o inverno portenho existe uma produção de neve, acontece que essa neve não chega a tocar o solo em forma de neve, senão em forma de água, por isso não a vemos.

Em algumas ocasiões acontece o fenômeno conhecido como aguanieve, que seria neve misturada com água.

O que mostra a previsão é o seguinte:

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A última lacuna, a de cota nieve, que é a altitude mínima a partir da qual as precipitações são em forma de neve, baixa muito e por isso, talvez sejam visíveis para todos nós que estamos em solo portenho.

Vamos cruzar os dedos?

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Pecho frío
Nesta época de Copa do mundo, uma expressão que escutamos muito aqui na Argentina é “Pecho frío”. São chamados de pecho frío aqueles que não exprimem paixão pelo que fazem, que não se arrisca, não se joga, que falta garra e desejo de seperação. Dá no mesmo ganhar ou perder, expressão muito usada para os jogadores ou time de futebol.

Bardot, um peruano bem palermitano

Depois de muito ouvir falar e de ler alguns comentários super positivos e outros nem tanto, chegou a vez de conhecer o Bardot, um restaurante peruano palermitano.

O que seria peruano palermitano? Bom, comida peruana gourmet, acompanhado da frescura gostosa (eu adoro) do bairro de Palermo.

Com uma decoração moderna e ao mesmo tempo com cara de bistrô, o Bardot tem varias cadeiras e sofás estilo Luís XV, estampados com cores fortes que dão um toque todo especial ao lugar. O restaurante também tem pé direito alto e é bem iluminado chamando a atenção, logo de cara, de quem entra.

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Em primeiro lugar, tenho que ressaltar o atendimento, realmente não sei se tivemos sorte ou se com todos os comensais é assim, mas nos atendeu um garçom chamado Cristian e realmente foi um atendimento destacável, coisa rara em Buenos Aires a simpatia dele.

Pedimos a entrada mais citada nas diferentes reviews: Ponapines Andinos con crema huancaina.

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É um prato típico da costa, serra e selva do Perú, leva esse nome porque é originário da província de Huancayo e junto ao ceviche é um dos produtos grastronômicos mais populares e representativos do país. Eu nunca havia comido esse prato em outro restaurante para realizar uma comparação, mas eu gostei, nada demais, batatinhas com um molho a base de queijo, leite e uma espécie de pimentão amarelo, conhecido como ají amarillo.

Como prato principal, meu marido pediu um Ají de Gallina. Esse prato já havíamos comido no Perú Deli e foi servido um pouco diferente. O prato consiste em frango desfiado com um creme amarelado a base de leite de coco e ají amarillo, mas no Bardot, os pedaços foram servidos grandes, estava bem gostoso também. Vale ressaltar que todos os pratos são muito bem apresentados, o que faz toda a direfença.

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Eu preferi pedir um Tacu Tacu a lo pobre, um prato que foi criado pelas mulheres escravas que aproveitavam a comida que sobrou para eleborá-lo, uma espécie do PF (prato feito) brasileiro, que leva arroz, feijão, bife a milanesa, banana e ovo, mas em formato gourmet.

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Há muitos comentarios sobre os drinks do Bardot, principalmente os diversos piscos servidos, eu particularmente não os provei, fiquei somente no vinho, mas como tudo o que foi servido estava muito bom e como vale uma segunda visita, estou me devendo um bom pisco peruano.

Para finalizar com chave de ouro, pedimos a torta cinco leches que leva esse nome porque contém na sua receita leite de coco, leite em pó, leite de vaca, leite condensado e doce de leite, uma verdadeira delícia.

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Enfim, o Bardot vale a experiência. Não sei se é o mais fiel dos restaurantes peruanos, mas é o ideal para aqueles que estão descobrindo essa culinária e querem se arriscar através de uma experiência gourmet. Em quanto aos preços, o Bardot pratica preços justos, um jantar para 2, com uma entrada e uma sobremesa compartilhada e uma garrafa de vinho custa ao redor de 700 pesos, para os tempos atuais e para a média de preço de Buenos Aires, não o considero nem barato e nem caro.

Dica: Através do Guia Oleo é possível reservar e ainda conseguir descontos que chegam a até 30% dependendo do dia. Aproveitem!

Bardot: Honduras 5237

Rodolfo “Fito” Páez é um compositor, cantor e pianista argentino. Além dos talentos do mundo da música, Páez é cineasta e roteirista. É considerado pela crítica um dos mais importantes expoentes do rock argentino, junto a Charly García e Luis Alberto Spinetta. Seu disco El amor después del amor, editado em 1992, é o mais vendido na história dorock argentino.

Fonte: Spotify